Liberdade de Ser

Estamos todos os dias tendo que enfrentar clichês e obrigações de sermos desta ou daquela forma.

Você tem que isto ou aquilo; seja assim ou assado; pense assim; haja assim; está escrito que devemos ser, pensar, sentir ou ser assim. Para ser aceito, abençoado, bem sucedido, aprovado, feliz,...

Como se existisse um manual do usuário. Como se não fôssemos capazes, autênticos, autônomos, conscientes.

Por que isto nos coloca dentro da "regra do jogo"?

Por que a grande maioria de nós tem dificuldade de olhar para dentro de si e encarar ser como se é.  

Existe uma "zona de conforto" em que nosso inconsciente nos coloca a fim de fugir de situações estressoras.

Porém o pior de tudo é que de fato nos acomodamos a este "descanso" fatal.

Esta zona de conforto nos faz acreditar que existe uma maneira mais fácil de fazer, ou talvez de não fazer algo. 

Nossa mente tem uma tendência de buscar o caminho mais fácil. Ser aceito é mais seguro e dá menos trabalho que assumir nossa identidade. 

É como se existisse uma regra geral onde você tem o direito de ser aceito, aprovado e até mesmo adestrado se preciso, em detrimento de ser quem você realmente é. 

Já viu um formigueiro? Todos os membros trabalham em prol da rainha, onde não há possibilidades de se "pensar" fora do estabelecido. 

Elas simplesmente vivem como um organismo único.

Porém o que nos torna diferentes das formigas? 

O ser humano se destaca entre os seres vivos por uma combinação única de características biológicas, cognitivas, emocionais e sociais.

Sem fslsr de nossas capacidades metafísicas, tão amplamente observadas nos estudos das escolas ocultistas e espiritualistas.

Alguns dos principais fatores que nos tornam únicos incluem:

1. Consciência e autoconsciência – Temos a capacidade de refletir sobre nossa própria existência, questionar nosso propósito e compreender o passado e o futuro.

2. Linguagem complexa – Diferente de qualquer outra espécie, nossa linguagem permite comunicação abstrata, transmissão de conhecimento e expressão artística.

3. Capacidade de raciocínio e pensamento abstrato – Podemos imaginar, planejar, criar conceitos matemáticos e filosóficos e desenvolver tecnologia.

4. Cultura e transmissão de conhecimento – Criamos sociedades complexas com valores, normas e tradições passadas de geração em geração.

5. Emoções complexas e empatia – Sentimos e expressamos emoções profundas como amor, culpa, vergonha e orgulho, além de conseguirmos nos colocar no lugar do outro.

6. Criatividade e inovação – Desde a arte até a ciência, a capacidade de inventar e inovar moldou nossa evolução e o mundo ao nosso redor.

7. Domínio sobre o meio ambiente – Nenhuma outra espécie molda o planeta em larga escala como os humanos, seja para o bem ou para o mal.

8. Olhar-se a si mesmo. Perceber e exercer domínio sobre a própria natureza. Auto observação e meditação são exemplos disto.

Essas características juntas fazem de nós seres vivos singulares na Terra.

Sim, existe um organismo que deve funcionar uníssono,  chamado Terra. Mas há algo a mais em nosso DNA, em nossa natureza,  que vai além de um sistema hierárquico.

O homem possui uma natureza que o torna diferente, com possibilidades de ir além.

Além do pré-estabelecido. Além de si mesmo e do conhecido. É isto que nos torna únicos.

Há uma característica intrínseca que não foi citada: nossa individualidade. Nossa insubstitubilidade. 

O fato de possuirmos uma única impressão digital, uma única íris, nos torna capazes de contribuir de forma única em todo o mundo. Isto nos torna especiais.

Então encontramos pessoas infelizes por não encontrar seu propósito, não se sentirem inspiradas.

E isto é intrigante, pois parece que a grande maioria não se deu conta de seu potencial. 

Elas parecem submeter-se a outrem sem questionar sequer se isto é realmente benéfico para o todo, ou mesmo para si mesmas.

Será que a sociedade foi programada para que cada individuo se dedicasse a um sistema de castas, como as formigas e as abelhas, enquanto nos esquecemos de exercer nossa contribuição de forma única e mais complexa?

Como sair desta situação desmotivacional,  castradora?
1. Desapegar-se. Desistir de ser aceito ou aplaudido;
2. Aceitar-se de forma incondicional;
3. Reconhecendo limites e potencialidades;
4. Encontrar-se consigo mesmo. Curtir este momento consigo mesmo. Não há nada de errado em pedir um copo de leite num boteco ou mesmo numa whiskeria. Desde que isto te faça bem.

Quando nos aceitamos e vivemos segundo nosso próprio jeito de ser,  então entendemos o primeiro passo para a reconquista de si mesmo.

Douglas Ghimell
Terapeuta e Coach Holístico 

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