A Reforma Interna Ensinada por Kardec
Os ensinamentos de Alan Kardec pautam-se na reforma íntima, mais que na caridade ou assunção de ensinamentos denominados doutrina.
A reforma interna é mais facilmente praticada quando a caridade nos faz sensíveis - não necessariamente sensitivos - e quando os estudos são direcionados ao desenvolvimento de nossas capacidades internas visando o bem de todos.
Todos podemos aprender mais com as outras pessoas. Assim como com nossos próprios erros.
A reforma interna é mais importante que a caridade ou o conhecimento livresco.
O pão da vida, mais que uma caridade material, além do espiritual é uma chance de alimentar a alma do mundo. Carente de sabedoria e amor.
Se não praticamos a reforma íntima consciente, seremos apenas um canal para a caridade, sem entendermos a verdadeora essência do amor incondicional.
Se nos apegamos ao conhecimento livresco sem colocar em prática o autoconhecimento e sem acessar a sabedoria livre de conceitos e definições, seremos apenas uma biblioteca ambulante, apenas portadores de luzes alheias.
E quando portamos apenas luzes alheias, sem acender a própria luz do discernimento, somos presas fáceis de crenças.
Apesar dos ensinamentos disponíveis a todo buscador, as pessoas leem para saber, mas não praticam. Acontece em todas as instituições religiosas e universidades.
Longe de julgamentos egoístas, o maior desafio à nossa evolução é justamente evoluir.
E evoluir é abdicar-se do ego. Daquilo que nos faz iludidos com nosso falsa sensação de importância.
O ego nos faz achar que somos diferentes, certos ou errados, superiores ou inferiores, melhores ou piores. Pois pauta-se na comparação.
O ego tem dificuldade de entender que a comparação é ignorar justamente a importância insubstituível de cada Ser.
O Ser almeja evolução do que encontra-se aprisionado ao ego.
Porém só evolui-se de dentro para fora.
Desapego, perdão, fraternidade, compaixão, humildade, solidariedade, mansidão, alegria no bem alheio.
Ao invés de esperarmos que o tempo nos abra um caminho evolutivo, presos à crença da salvação por meio da caridade e do entendimento da doutrina, é exigido de nós a expansão da consciência possível àquele que abdica de suas vaidades.
A vaidade nos aprisiona à ilusão de que estamos mais avançados por nossos préstimos mediúnicos ou por nossa suposta sapiência.
O que pouco se sabe dentro das fileiras da espiritualidade proselitista é que um simples csmponês desprovido de recursos materiais e de oportunidades livrescas pode estar bem mais apto à missões mais avançadas nos planos superiores que muitos ícones do saber.
O que denota evolução espiritual é antes de tudo despojar-se do egoísmo. É estar munido do desejo sincero de ser útil à grande obra.
A balança da justiça divina pesa a alma, antes que nossas obras. Porquanto é o amor que validará nossas ações, não o oposto, posto que nossas obras não são nossas.
Gratidão,
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