Ilusão de Ótica
Vou contar-lhes um kaon budista:
Certa vez, o Mestre taoísta Chuang Tzu sonhou que era uma borboleta, voando alegremente aqui e ali. No sonho, ele não tinha mais a mínima consciência de sua individualidade como pessoa. Ele era realmente uma borboleta. Repentinamente, ele acordou, e se descobriu deitado em sua cama, uma pessoa novamente.
Mas, então, ele pensou para si mesmo:
“Antes, fui um homem que sonhava ser uma borboleta ou, agora, sou uma borboleta que sonha ser um homem?”
Mas, então, ele pensou para si mesmo:
“Antes, fui um homem que sonhava ser uma borboleta ou, agora, sou uma borboleta que sonha ser um homem?”
Da mesma forma o que muitos ignoram é que a ciência cartesiana é limitada a uma ilusão de ótica. Ela é baseada em crenças.
Está limitada às percepções e aos conceitos pré-definidos pelo que se adquiriu como conhecimento estabelecido.
O observador vê senão aquilo que já encontra-se em sua mente.
Dedução e indução são ambos ilusórios, frutos de uma projeção mais ou menos equivocada.
Todo conhecimento livresco é limitado. Baseia-se exclusivamente em crenças.
Limita-se a às percepções sensoriais. E o que está além dos limites sensoriais não é percebido, é intuitivo.
É fundamental entender que quando lemos um livro enfrentamos paradigmas: as limitações do autor e as associações que nosso intelecto faz baseado em seu banco de dados, além de sua própria incapacidade de transcender os limites dessas percepções.
O conhecimento além dos livros, além da lógica só pode ser acessado transcendendo o racional, que está além da mente.
A mente limita o acesso ao conhecimento, pois está pautada em conceitos mais ou menos equivocados. A mente racional só enxerga o material, nunca o imaterial, o abstrato.
Eis a importância de silenciar a mente a fim de se obter algo além do que é palpável.
Como explicar as emoções, senão através de conceitos e mensuração de sua frequência, como fez David Hawkins? Como saber o que o outro sente senão sentindo o mesmo? E ainda assim, como terei certeza de estar experimentando o mesmo?
Outro paradigma é o energético. Qual a qualidade energética da experiência obtida por um e outro ainda que diante de um mesmo evento?
Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?
Douglas Ghimell
Comentários
Postar um comentário
Tire suas dúvidas ou deixe seus comentários:
(Não publicaremos comentários anônimos)