A Sombra do Ex

Liberte-se da culpa e do desejo de culpar quem você um dia escolheu para amar. 

A mulher escolhe e faz o homem, desde a sua concepção.

Eventualmente escolhas são feitas baseadas no ego, na carência, no que devo ou gostaria de apresentar para sociedade ou para mim mesmo.

Eventualmente baseado na crença de que não mereço ou não sou capaz de amar e ser amada, por experiências percebidas na sociedade,  na TV, de meus pais ou mesmo de crenças arraigadas no inconsciente ancestral.

E quando, por consequência destas escolhas equivocadas, o caldo entorna, ou seja, vemos que a imagem projetada não pode vingar naquele que é também vítima de suas escolhas, achamos por direito julgar, como se isto absolvesse nosso demérito. 

Nós erramos ao depositar esperanças demais em alguém que é humano como nós mesmos. Mas errar faz parte do processo.

E não importa o que eu poderia ter feito para mudar isto.

Importa o que eu posso fazer ao ter consciência de que todos fizemos o que poderíamos ter feito com a consciência daquele momento.

Perdoando-nos e perdoando o outro nos libertamos desta culpa dentro de nós, que só existe por que escolhemos isto, por um padrão cultural e dualistico de que alguém tem que pagar pelo que fez ou deixou de fazer.

E isto nos persegue como uma sombra, uma noite escura, um pesadelo que não quero voltar a dormir para não ter que enfrentar novamente. 

E eis que um dia descubro que o pesadelo pode ser encarado como uma realidade ou uma ilusão que eu criei. Daí surge uma maneira de dar um fim neste filme de terror.

Veja, ou ouça...

Não é o quem fez ou deixou de fazer, mas o que e como podemos, ou eu mesmo posso fazer para curar essa situação.

Perdoar é "largar de mão" de achar um culpado. É sair do pesadelo. Ficar mais leve!

Libertar-se desta sombra do ex, que só existe em ti, e dar-se o direito de acertar, ou de errar novamente, por que não?

Até que finalmente aprendamos ouvir a voz do silêncio,  do amor que não tem palavras nem justificativas. 

Somente abrindo mão do velho, ou do que não faz mais parte, ou não deveria, você está apta para experimentar o novo. Quem sabe eu me permita gerar, atrair e manter o real?