Breve Esclarecimento Acerca do Exercício da Mediunidade

Sabe-se entre os conhecedores, adeptos e praticantes do espiritismo em sua forma mais diversa que a
mediunidade tem seus diversos tipos e nuances, e intensidade.

E, no que tange à intensidade com que esta é exercida no momento do transe ou da interferência mediúnica, sabe-se que a mesma dá-se de três formas distintas, quanto à percepção e interferência do médium:
  1. Totalmente "consciente";
  2. Semi consciente;
  3. Inconsciente.
O mais comum é a mediunidade consciente, quando o médium tem a possibilidade de interferir na atividade mediúnica, gerando, assim, um potencial risco de perda de conteúdo da mensagem ou interferência da entidade que faz uso do canal que lhe foi oportunamente cedido para atuar e comunicar-se com o meio físico.

A segunda forma mais comum é a mediunidade semi consciente, quando esta interferência deixa de ser uma possibilidade imediata,  possibilitando à entidade atuar de forma eficaz, dando ao médium a possibilidade de aprender, porém, sem interferir na atividade mediúnica.

A terceira, e mais incomum, verifica-se a total "ausência" de participação do médium, dando à entidade pleno poder sobre os sentidos de seu "aparelho".

Bom ressaltar que a terceira forma é bastante rara e extremamente arriscada, gerando enorme perda de vitalidade no médium.

Dentro desta visão, queremos elucidar que a mediunidade não é privilégio, tampouco representa avanço espiritual, mas uma qualidade exercida por dois motivos: karma ou dharma.

A mediunidade dharmica é exercida por, médiuns conectados com seu Espírito e, praticamente, trata-se de um exercício anímico de acesso ao que, em ocultismo denomina-se akasha.

Akasha são arquivos, cujas informações estão depositadas em determinadas faixas vibratórias do inconsciente. Acessados por quem "entra" nesta corrente de luz, onde todo conhecimento encontra-se disponível àqueles que estão devidamente "preparados".

No que concerne à mediunidade karmica, trata-se de um "acerto de contas" que temos com nossos ancestrais ou entidades que fazem uso deste canal, o médium, para prestar a caridade.


Este "acerto de contas" nem sempre é entendido pelo médium e, em alguns casos, pela entidade que o envolve ou o acompanha, gerando, muitas vezes, desentendimentos e maior atraso no avanço espiritual de uma descendência e de sua ancestralidade, levando a sérias consequências para a "família" física e espiritual do médium.

Ora, não pode, como ocorre de fato em muitos casos vistos e estudados, uma entidade interferir no livre arbítrio do médium. Tampouco assumir de forma pessoal certos assuntos que são exclusivamente de responsabilidade do ente encarnado.

É de fundamental importância que a entidade sob a missão de "protetor" assuma este papel em toda sua extensão, dentro de sua alçada, porém sem transmitir ou adquirir "vícios" psicológicos.

Estes vícios relacionam-se à maneira de lidar com situações do dia a dia.

A mediunidade é de responsabilidade tanto do médium quanto da entidade que faz uso desta.

A fim de elucidar o que aqui expomos, citamos um fato muito corriqueiro com alguns médiuns cuja entidade não está muito "evoluída". É, por exemplo, quando uma entidade presta-se a fofocas e conversas do tipo "fulano trai sicrano" ou "beltrano não gosta de fulano".

Esta prática de mediunidade além de não acrescentar muito, traz sérias consequências tanto para o médium quanto para o consulente. Gera uma animosidade e alimenta o ódio entre as pessoas. Quando a entidade, ou médium despreparado, deveriam alimentar-se do desejo de buscar uma solução pacífica ou preventiva para a situação.

Vemos muito falar que o problema é do médium, mas garantimos que existem entidades que também cometem estes desatinos. É simples entender. As entidades auxiliares passaram por esta terra e desencarnaram cheias de defeitos. Muitas desencarnaram, carregando consigo erros muito graves até, difíceis de serem "apagados" de seu inconsciente.

Se um casal vai mal, por quê não buscar com que se entendam? Se não enxergam que não nasceram um para o outro, por quê não fazê-los ver isso de uma forma mais amena e compreensiva?

Prestar a caridade é sem dúvida algo que deve andar acompanhado de amor e sabedoria.

Estas duas colunas de qualquer templo espiritual devem sustentar valores e virtudes que permitam maior evolução de nossas linhagens e de toda humanidade.

Há muito que se falar mais acerca desta função exercida não só dentro das casas espiritualistas que se denominam "espíritas", mas em nosso dia a dia, quando estamos constantemente sob a interferência de entes desencarnados, desejosos de transmitir ou interferir em nosso meio, seja com a mais sincera e melhor das intenções.

E quanto mais forte a personalidade do desencarnado, maior será a possibilidade de se verificar tais interferências, nem sempre positivas, muitas vezes até perigosas, dado seu magnetismo potencial de influência.

A pratica da oração e da vigilância constante são fundamentais, a fim de se atrair tanto a presença de nossos mentores e guias mais avançados, quanto para uma melhora de nossos irmãos necessitados do além. Sem dúvida de fundamental importância para nossa própria evolução.

Paz profunda!

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