Tempo de se Conhecer!

Tem hora que a vida é um saco, não acha? Por mais que tentemos circular em torno do mundo, não encontramos a menor lógica na maneira de viver da humanidade. Parece que todos perderam a identidade e vivem mais em função do consumo e da luta por viver e a sede de poder, que em busca de algo verdadeiramente significativo pra si e para o universo. A máscara tá mais cara que o mascarado...
Quanto tempo perdemos olhando para o outro, quando deveríamos olhar pra dentro de nós mesmos.
A sociedade vive em função do outro. Antes fosse para o outro. Mas não. É um sentimento mesquinho e sem o menor conteúdo. A necessidade de se ver melhor ou superior ao outro, com medo de ver-se inferior ou pior que o outro...
Tem muita casca a ser descascada...Muita coisa a ser lapidada...
Não falo de aparências. Há muitos belos sepulcros no cemitério, mas quando abrimos, quanta podridão...
Encontrar a pedra filosofal. Encontrar seu "EU SOU", sua natureza mais pura e verdadeira. Livre de máscaras. Livre de complexos e barreiras.
O amor incondicional de uma mãe. O sorriso despretensioso de uma criança. O silêncio de um velho sábio e a coragem de um jovem idealista.

O auto-conhecimento começa com a quebra do paradigma da dualidade.
Aceitar o outro é aceitar a si mesmo. Sem julgar. Sem condenar. Quem somos nós? Acaso nos achamos melhores? Superiores em quê? O que se julga humilde é o mais vaidoso de todos, sabia? Tá enrustido. Ocultado pela máscara do "bonzinho" e da "boazinha". Pior quando vestimos a máscara do coitado...Não pise no calo de um coitado...
Mas a vida nos brinda diariamente com a história de Dom Quixote ou com os 12 trabalhos de Hércules. Depende do "mundo" em que estamos vivendo naquele momento...
Necessário encarar a si sem dó nem piedade. Pegar o "diabo" pelo gogó e olhar nos olhos dele e dizer: "Cara ou eu ou você. Como você é apenas uma imagem distorcida e falsa criada por mim. Então você! À fogueira, condenado! E ao jogar esse verme na fogueira, você descobre que ele não passava de uma mentira. Uma farsa. Um engodo. Não para os outros, mas pra si mesmo. Ou seja, uma máscara criada para esconder-me de mim mesmo. De minha falta de coragem de me encarar de frente.
Então você sente compaixão daquela criança aprisionada há tanto tempo por um "fantasma" da hipocrisia.
Aí você olha ao redor e vê tanta criança acorrentada, satisfazendo os desejos artificiais e mentirosos dos adultos, dos mascarados...
Dá dó vê tanta mentira e falsa ilusão neste mundo de dor e sofrimento. Quando tudo poderia e pode ser diferente. Gente, nem o meio ambiente, nem copa do mundo. É dignidade anímica que tá faltando no ser humano!
Tem que se ter coragem pra isto. Entender que tá tudo errado, descer ao inferno, ter compaixão dos miseráveis aprisionados à escuridão do entendimento e descobrir finalmente que alguém precisa ser perdoado.
Perdoar o outro acontece quando perdoamos a nós mesmos. Mas primeiro faz-se necessário uma reflexão acerca daquilo que mais nos incomoda. O outro pode nos servir de espelho. Precisamente, e mudando de foco, aquilo que menos tenho coragem de enxergar em mim.
Hoje sou gnóstico e espírita, mas nunca me esqueci do que um amigo "embaixador do rei" dizia: "ninguém foi chamado à terra para piquenique..." Temos muito que aprender e crescer como gente, como cidadãos do cosmos, ainda que sejamos uma simples molécula de poeira ao infinito.
Beijos de luz!

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