Expandindo a Compreensão

Alguém um dia parou pra refletir acerca da maneira com que encara determinadas situações ou eventos do cotidiano? Já tentou alguma vez perguntar-se: por quê será que acredito ou sigo uma maneira de pensar e até de sentir em relação a um evento que mal consigo interpretar e nem sequer tenho qualquer conhecimento acerca da causa?
Tentando explicar o que aqui queremos expor, vai uma história bem interessante e não é nenhuma novidade que deparamos com a mesma situação em nosso dia.

"A história dos macacos

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos em uma jaula. No meio da jaula, uma escada, e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, um jato de água fria era acionado em cima dos que estavam no chão.

Depois de um certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros pegavam-no e enchiam-no de pancada. Com mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo já não mais subia a escada.

Um segundo macaco, veterano, foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e, afinal, o último dos veteranos, foram substituídos.

Os cientistas, então, ficaram com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se possível fosse perguntar a algum deles por que batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:

Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui..."

O fundo moral da história acima relaciona-se a uma coisa chamada "paradigma".
Este termo, muito explorado pelo saudoso consultor e escritor Stephen Covey, revela uma maneira unilateral e mecanicista de seguir padrões de pensamento e de comportamento.

Em nosso dia-dia temos a tendência mecânica de reagir de forma automática e inconsciente a certas situações...Se não me responde o bom dia é por quê tá de mal comigo, é mau educado ou antipático. Se não sorri pra mim, também nem olho na cara. Ficou metido depois que mudou de emprego. Passou por mim e nem falou comigo. E muitas outras situações que encaramos com jargões e reações bem mecânicas e pré-elaboradas.

Mal nos damos conta que o mesmo ocorre com outras pessoas e até com as mesmas as quais qualificamos acima.

Não queremos mudar a maneira de enxergar as coisas, pois elas "nunca" são como a gente pensa. Tenha certeza disso: "nunca"!

Um bom dia respondido como "mal dia" poderia ser pior, e o outro realmente estava de mal dia- não contigo. Por quê você deveria ser mais importante que o dia daquela pessoa? Ela até foi caridosa em não lhe responder...Pra não parecer antipática, preferiu passar-se por mal educada...

Mesmo que tenha gente que saiba dissimular e esconder bem seu mal humor, há pessoas que não conseguem agir assim. Se olharmos por um outro prisma, essa pessoa é mais confiável, pois você nota quando ela tá bem ou não...

A pessoa que mudou de emprego agora tem mais responsabilidade, anda preocupado com os afazeres do seu ofício e, portanto, tem menos tempo pra parar e bater papo nas horas que antes podia...Felicidades ao amigo, não? Ou você prefere que ele fique desempregado pra ficar o dia inteiro falando contigo sobre a vida dos outros?

Tem terapeuta que acha que certas situações só podem ser compreendidas com um "choque" na consciência do paciente. Fazê-lo ver que ele é importante e único no universo, mas o outro também é...


O que você vê? Tente ver de outra forma!
A educação quando compromete o "aceitar" o outro torna-se destrutiva. E quando quero exigir um comportamento !adequado" de alguém certamente levo uma vida em que mal consigo comportar-me a meu modo. Sim os paradigmas foram enraizados desde nossa infância...

Fomos tolhidos pelos adultos a ser de um jeito mais ou menos "adequado". E isto de forma alguma é educação. Não podemos confundir "adequação" com "educação".

Adequação é adestramento e de forma alguma forma o caráter ou colabora para uma visão mais ampla da vida.

Quando transferimos o paradigma do "é assim que se faz" para o "como fazer melhor?', então damos a nós e ao educando a oportunidade de refletir e achar o modo mais conveniente de interagir com o outro e especialmente consigo mesmo.

Paz profunda! 

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