Segredos da Vida e da Morte

Quando falamos em morte, poucos compreendem o que significa tal acontecimento, bem como fica a eterna dúvida na mente daquele que precisa ver para crer: para onde vamos?
Nossa composição foi falada e documentada em diversas religiões e livros, porém, muitos confundem, amiúde, os diversos aspectos de nosso Ser.
Dentro da visão gnóstico-umbandista, digamos, somos um microcosmos, composto pelos quatro elementos - terra, água, fogo e ar e animados pelo quinto elemento, o éter.
Tudo na natureza material segue a lei do quatro. E toda vida é animada pela lei do cinco: a quintessência.
Manifestamos diversas qualidades de energia, dentre as principais aquelas relacionadas aos sete chacras* tão largamente conhecidos entre os ocultistas e terapeutas holísticos. A Lei do sete é a lei da formação e organização de todo o universo galático a que pertencemos.
Não obstante as leis supracitadas, dentre as inúmeras que regem este universo psicomaterial ao qual pertencemos e vivemos, temos que entender a lei do três. Somos corpo, alma e espírito.
Nosso corpo físico, embora muito estudado, ainda cercado de mistérios entre os cientistas é onde encontra-se nosso assento vital. Sem a energia vital, essa que nos dá a "vitalidade" é obtida da nossa Mãe natureza, por correspondência vibratória. Na natureza, encontramos a pedra que nos anima, o vegetal que nos conecta e o animal que nos revitaliza. Essa conexão é fundamental para uma ligação do corpo com a alma e o espirito.
A alma** é eterna. É aquela parte de nós mesmos que continua após a morte. É ele que vai penar ou peregrinar no mundo astral e mental. A alma é livre ou escrava dos desejos, conforme seu grau de evolução.
Por simples afinidade, e não por uma condenação, como preconizam algumas religiões, a alma busca seu habitat pós morte conforme sua inclinação psíquica.
Quem fez o bem seguirá assim fazendo, quem só o mal praticou, tenderá a se encostar àqueles que alimentam o pensamento errante. Os que gostavam de beber, andarão de bar em bar, afim de satisfazer seus  vícios. Os sofredores tenderão a seguir em suas lamentações...Ou seja: o céu e o inferno fazemos ainda em vida.
É a alma que tenderá a unir-se, por outro lado, com outros desencarnados afins. Formarão egrégoras e formarão colônias no mundo astral, digamos. São as chamadas falanges espirituais.
Pode, por outro lado, a alma arrependida reencontrar seu natural, digamos. Isto se dá de forma lenta e gradativa, através da assistência de outras almas mais avançadas. O primeiro degrau é tornar-se humano. Ou seja, sentir compaixão pelos seus semelhantes encarnados e desencarnados.
Isto requer um trabalho intenso e árduo de prática da caridade, a fim de fazê-la reconquistar o amor perdido...Só o amor liberta!
E quanto ao espírito? O espírito, muito equivocadamente confundido com a alma não segue essas inclinações de tipo "temporal". O espírito é a essência com a qual fomos criados.
Quando desencarnamos, o espírito que antes acompanhava o corpo da alma encarnante volta ao seu habitat de costume: a natureza. Nosso espírito, na linguagem umbandista ou na linguagem afro-descendente, é o Orixá. A força da natureza que, quando da nossa estadia na terra, lutou para que evoluíssemos. Para que elevássemos nossa vibração, de tal forma a viver segundo as leis da natureza e até conseguíssemos transcendê-la. O Orixá é aquele que "deveria" comandar nossa cabeça, digamos.
Certamente nem todo espírito tem ganas de evoluir sua alma. Basta olharmos a humanidade que, em sua grande maioria, carece de qualquer estímulo para buscar a espiritualidade.
Mas há sementes lançadas no solo. Há, em todas as categorias espirituais aqueles que possuem essa gana pro algo a mais...
O corpo é mortal, a alma eterna e o espírito impessoal.
Para que um espírito torne-se individualizado exige-se um processo evolutivo além daquele imposto pela natureza. Requer da alma uma transcendência de seus vícios e de tudo que a aprisiona à matéria. Isto não quer dizer que esta alma, sob comando de seu espírito, não reencarne, a fim de adquirir um aprendizado ou de cumprir uma missão específica entre os homens. São os chamados de mestres ou simplesmente missionários.
Há diversos níveis de maestria. Joshua é o mestre dos mestres por ter conseguido elevar-se acima de todos os níveis de aprendizado em nosso planeta.
Os mais elevados são chamados de Chohans. Dentro desta categoria estão: El Morya, Kothumi, Mãe Maria, Lanto, Pórtia, Confúcio, Saint Germain e outros.
Um mestre é conhecido pela sua maneira despretensiosa de ajudar o próximo. Nunca um mestre faz alarde de suas obras. Trabalha em silêncio, embora possa, às vezes, manifestar-se de forma incompreendida. Exemplo disso foi Joshua. Em sua última encarnação, mundialmente conhecido como Jesus, teve um caminho de grande incompreensão na sua época. Embora hoje seja conhecido e reverenciado e até idolatrado em muitos cultos, foi polêmico em seu tempo. Motivo pelo qual foi levado à crucificação.
Toda sua paixão, como é chamada a sua história, dá-se de maneira simbólica e de elevadíssimo conteúdo iniciático. Os chohans são também chamados no mundo espiritual de iniciados.
Eis o elo de ligação entre a umbanda e gnosticismo a qual me referi.
Só transcendendo o homem os seus vícios, entendendo-se com seus antepassados e unindo-se ao seu Orixá, sua natureza (ou seu Espírito) conseguirá obter um encontro real com sua natureza.
É quando o Cristo disse: "Eu e o Pai somos Um...". Ele, o filho do Homem, tornou-se por direito o próprio Pai.
Shalom!

*chacras são centros energéticos, vistos pelo clarividente como discos ou flores desde os pés, seguindo ao longo da coluna e até o topo da cabeça. Estes transformadores de energia saão os responsáveis por nossas percepções extrasensoriais, dentre as quais a clarividência, a clariaudiência, a telepatia e a intuição.
**A alma é chamada de espírito pelos Kardecistas, porém o termo já havia sido estudado bem antes de Kardec, que, embora reconheçamos os méritos de seus estudos, não se aprofundou em tais conhecimentos. Preferiu usá-los simplesmente como sinônimos. 

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