A Religião da Natureza

"Em todas as religiões, a exemplo das folhas e os perigos da floresta, quanto mais densa e rica em seus mistérios, sempre houve o remédio e o veneno.
Assim, vale ao espírito verdadeiramente universalista, livre de pré conceitos e dogmas fanáticos observar tudo e conhecer a árvore por seus frutos.
Pode o vento balançar os galhos de uma árvore, mas se há firmeza no solo, não será fácil derribá-la com o mais forte dos temporais, mas também há galhos flexíveis o suficiente prá ir ao chão, sem se desligar de sua raiz.
A dose do remédio pode matar ou curar, tudo depende de quem ministra o remédio e também de quem o toma.
E não é difícil encontrar a mais venenosa das ervas no jardim de sua casa, e a mais bela da flores nascida do lodo da terra.

"Eis um livro escrito em todas as línguas"
A natureza é um grande anfiteatro de conhecimento e sabedoria. E as folhas,...Eis um livro escrito em todas as línguas. Basta ler nas entrelinhas. Está tudo lá escrito. Não por mãos levianas, nem por fundadores de religiões, mas pelo Senhor, razão de ser de todas as religiões: O Grande Espírito que permeia terra, pedras e areias, águas, folhas e raízes. Que fala com a voz do fogo e do trovão e se espalha como vento...
E se a vida nos ensina o caminho da morte, a morte nos ensina o caminho do renascimento.
E a diferença entre viver e vegetar não está em onde se caminha, mas em como se caminha.
A medida é interior, está na essência da erva, na alma do aprendiz de botânica."

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