O Poder do Agora

A capacidade de assombro é uma característica intrínseca da natureza humana em seu estado primordial. Não primitivo, porém no que se refere à limpidez da percepção sensorial e extrasensorial do Ser.
Quando o homem apega-se excessivamente aos conceitos e formas-pensamento de seu tempo e local, fica à mercê daquilo que já está estabelecido. É escravo das leis e costumes da sociedade na qual está inserido e, certamente, fica limitado à visão daqueles que instituíram leis e submisso àqueles que enxergam um pouco mais além...
Como diz o ditado "em terra de cego quem tem olho é rei".
Quando nos referimos à esta capacidade inata do ser humano, que denominamos "assombro", estamos falando da sensação de novidade, de olhar as coisas com olhos de curiosidade e, portanto, discernimento.
Não podemos olhar prá uma rosa e simplesmente dizer: é uma rosa! Isto seria "matar" a rosa, porquanto, ainda que todas as rosas se pareçam em sua composição e forma, cada qual nasceu em um terreno diferente, recebeu influências variadas de vento e água, e responderam a estas impressões de forma completamente diferente.
Olhar uma rosa com este discernimento, sabendo diferenciá-la das demais é na verdade reconhecer a natureza íntima de cada unidade do universo. É entender que, se todos fazemos parte de um todo comungado pela eterna Lei do "zero" ou do infinito maior, estamos, na verdade, reconhecendo a identidade com que cada ser foi criado.
Então saberemos que todos somos um, porém com sua natureza e identidade única, ímpar, intranferível em sua essência.
Esta capacidade, este discernimento, este "assombro" só é restabelecido se aprendermos a viver no "agora" e numca no ontem ou amanhã...
Quem vive no "agora" permite-se ao novo. Tem a chance de ver e viver a vida de forma diferente. Segundo seu próprio discernimento e sua própria conduta.
Quem vive sua natureza, vive sua diferença, dentro do "todo", motivo por quê jamais se prenderá às comparações fúteis e infundadas daqueles que não se conhecem, pois saberá a importância e a beleza de cada um ser o que se é. É o "to be or not to be" do viver diário.

Quem vive o "agora" está acima do ontem e do amanhã.

É muito triste ver pessoas imitando pessoas, desejando ser aquilo que não são, ter aquilo que não teem, estar aonde não estão. É a impermanência que faz triste esta sociedade destituída da "verdade" que, no entanto, é mutável e transmutável.
Quebrar paradigmas, mudar o ângulo e a percepção...
As experiências, os códigos, os dicionários e enciclopédias são meras ferramentas de classificação e facilitação do diuscernimento, mas se iterpretados à "letra morta", matamos, por conseguinte, nosso discernimento.
Podemos estudar o passado e planejar o amanhã, mas não podemos nos esquecer do "agora".
Quem vive no passado é escravo de suas dores e sofrimentos, bem como da ignorância intronizada no inconsciente coletivo; Quem vive no amanhã sonha; Quem vive no agora, vive, de fato.
"Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo..."
Shalom!