O Resgate da Sagrada Família

Vemos a humanidade submersa num oceano de dor e ignorância, fruto de suas escolhas inconscientes, enraizadas no imediatismo e no egoísmo.
Lamentamos encontrar almas tristes e desconsoladas à busca de uma luz, de um conforto ou de uma razão depois de muito rechaçarem estas mesmas coisas antes de adentrarem nesta "fossa".
Mulheres solitárias, homens desnorteados, crianças órfãs de amor e dignidade.
Não vemos isso somente entre os necessitados de pão e abrigo, mas também entre os desabrigados do amor desinteressado e incondicional de seus entes queridos.
Jovens que teriam todas as condições para uma vida digna e um futuro brilhante como cidadãos, sendo arrastados diariamente para as drogas. A institucionalização do desvirtuamento de caráter e o poder paralelo como prova de nossa incapacidade de gerir nossas vidas, a nossa família e da comunidade como um todo.
A droga é uma "fuga" ou um desejo, ainda que inconsciente, de "buscar uma nova realidade", algo que "me faça não ver o que estou vendo"...Essa linguagem é comum em todos os vícios.
O drogado é um desvirtuado social. Desvirtuamento este provocado por sua maneira precária de encarar a realidade da vida.
Se considerarmos que todos somos herdeiros genética e espiritualmente de nossos pais e avós, não deve ser muito difícil entender que sim, somos os principais responsáveis pela geração "coca & cola" dos dias de hoje. Antes era o álcool e o cigarro, mas parece que a mídia e o poder paralelo dentro do poder democrático quer substituir por algo mais forte.
No Brasil, onde a ordem e o progresso parecem cada vez mais distantes e opostos, aprova-se a "lei seca" e condena-se o uso do tabaco, mas legaliza-se a maconha e deixa-se correr livre as cracolândias da vida. Estas são mais eficazes no combate à violência urbana. Um drogado não tem nem forças e nem cérebro prá levantar uma bandeira contra nossos interesses: está escrito na testa de um desvirtuador oficial da sociedade.
Seria o Estado responsável por este desvirtuamento numa nação dita democrática? Estaria eu sendo omisso em reconhecer a minha escolha de quem vai representar os anseios do bem comum, em detrimento do favor de alguns?
Seria possível uma visão e um autêntico anseio por um mundo melhor onde os direitos antecedem as obrigações na contabilidade individual de cada um de nós?
Ou não seria a hora - por mais tardia que pareça - de se dar um basta em nossa conduta de faz de conta que cumpro com minhas obrigações de cidadão, enquanto nossos filhos seguem à mercê de dias melhores?
Aceitar o destino de nossos filhos é, antes de tudo, dar-lhe o suporte  necessário e a segurança de que o nosso amor é incondicional.
Aceitar o destino de nossos filhos é, antes de tudo,
dar-lhe o suporte  necessário e a segurança de que
o nosso amor é incondicional.
Como posso fazer a minha parte?
A espiritualidade exercida de maneira honesta visa sempre o bem comum, em detrimento do interesse de alguns. Isto só se consegue quando a "consciência" e a busca pelo "Ser" está acima da necessidade de se seguir "líderes". A formação espiritual deve começar dentro de casa. Não passe para o padre, o pastor ou outro líder religioso a responsabilidade que é sua de ensinar os primeiros passos aos seus filhos, prá que não sejam devorados por lobos, ainda que vestidos com peles de ovelhas;
A instituição familiar deve ser resgatada a todo custo. Homem e mulher, pais e filhos devem fortalecer a confiança e a segurança entre si. O diálogo aberto e a certeza de que se tem um grupo que me entende ou "pelo menos" me quer bem. Em primeiro lugar está a dignidade e a integridade familiar, depois os interesses de cada um;
O respeito à natureza e escolha de cada um. Isto é fundamental. Desde que esta escolha não prejudique a comunidade, a família e ao filho a quem se quer bem, isto facilita cada um encontrar o seu "eu", conhecer suas aptidões e trilhar o seu caminho na terra com segurança e a certeza de que o seu dever é seu direito mais digno. O trabalho se torna um bem prá si e prá todos. Quando um Ser exerce sua natureza, toda natureza encontra-se em harmonia.
A aquisição de nossa liberdade em Deus, exercida no reconhecimento de Sua presença em nossas vidas, tornar-nos-á aptos a expressão de nosso Ser e ao exercício da cidadania com dignidade e respeito a nós mesmos, aos nossos familiares e á sociedade como um todo.
Que o nosso Pai e a nossa Mãe em segredo nos auxiliem em nossa jornada pela reconquista da sagrada família na terra.
A luz vem às trevas todos os dias, com o nascer do Sol. Quem ousa agradecer esta dádiva?

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