Construindo nossa Casa

Você sabe aonde vai morar quando deixar sua morada aqui na terra?
É uma pergunta muito intrigante prá alguns, comum prá outros e despercebida prá muitos, entretanto.
Os espíritas sabem não por livros mas por experiência vivida com desencarnados, seja por meio de seções mediúnicas, seja por sonhos ou visões, conforme sua sensitividade, que há espíritos vivenciando as mais diversas experiências no mundo "invisível".
Este mundo não está no "além" mas no aqui e agora. Apenas imperceptível aos olhos físicos, seja pela sutilidade de alguns, seja pela "densidade" energética de outros, conforme leve ou pesada se encontre o estado vibratório daquele ente desencarnado.
Aos incrédulos é bom lembrar que não se vê com olhos físicos o não-físico e não se ouve com ouvidos da matéria os sons que não ressoam na matéria...
Somente aqueles que estão devidamente sintonizados com os espiritual são capazes de enxergar. E esta capacidade não revela, de forma alguma, o nível espiritual do médium, mas o fato deste ter desenvolvido ou não ter deteriorado sua conexão com o astral superior ou inferior.
Há até aqueles que gostariam não ter ouvidos ou olhos espirituais de que são dotados...
A bem da verdade os espíritos viverão do "outro lado" exatamente aquilo que vivem aqui na matéria, acrescido de tudo que se passa paralelamente em seu "inconsciente", ou seja, aquilo que atrai para si, e no entanto não vê.
Segue abaixo uma história que li na internet que revela muito claramente o que estamos tentando dizer. Leia atentamente:

Construa sua Casa

Um velho carpinteiro estava para se aposentar. Ele contou a seu chefe os seus planos de largar o serviço de carpintaria e de construção de casas e viver uma vida mais calma com sua família. Claro que ele sentiria falta do pagamento mensal, mas ele necessitava da aposentadoria.
O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados e pediu a ele que construísse uma ultima casa como um favor especial. O carpinteiro consentiu, mas com o tempo era fácil ver que seus pensamentos e seu coração não estavam no trabalho. Ele não se empenhou no serviço e se utilizou de mão de obra e matérias primas de qualidade inferior. Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira.
Quando o carpinteiro terminou seu trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e entregou a chave da porta ao carpinteiro. "Esta é a sua casa", ele disse, "meu presente a você."
Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito complemente diferente, não teria sido tão relaxado. Agora ele teria de morar numa casa feita de qualquer maneira.
Assim acontece conosco. Nós construímos nossas vidas de maneira distraída, reagindo mais que agindo, desejando colocar menos do que o melhor. Nos assuntos importantes nós não empenhamos nosso melhor esforço. Então, em choque, nos olhamos para a situação que criamos e vemos que estamos morando na casa que construímos. Se soubéssemos disso, teríamos feito diferente.
Pense em você como o carpinteiro. Pense sobre sua casa. Cada dia você martela um prego novo, coloca uma armação ou levanta uma parede.
Construa sabiamente.
É a única vida que você construirá. Mesmo que você tenha somente mais um dia de vida, este dia merece ser vivido graciosamente e com dignidade. (não conheço o autor)

É assim amado leitor: nós levamos a vida inteira construindo nossa casa.  a morte vem quando nos cansamos de trabalhar...Ou seja, quando chega o cansaço físico ou psicológico. Sim, pois o cansaço físico é certo, mas o psicológico pode chegar mais rapidamente, quando não desejamos seguir adiante em nosso projeto de vida.
Lamentavelmente vê-se espíritos errantes no astral dito inferior, pois assim é chamado o "inferno" no qual se meteu o espírito moribundo arquiteto de seu trágico fim.
Não é de se estranhar que muitas almas foram levadas ao "inferno" por intermédio do maniqueísmo católico da idade média. E não menos estranho é o fato de neste mesmo inferno deparar-se com o inquisidor que o condenara.
Este é o inferno de Dante em sua Divina Comédia que pouco nos remete ao riso mas a lamentar o fato de tantas almas ali encontrarem-se perdidas em seus devaneios e pesadelos psíquicos...
Edificar a casa interior e psicológica, adornada com os mais elevados sentimentos e alicerçada com as mais nobres virtudes do espírito é que fará de nossas almas proprietárias dos mais belos palácios onde a alma, se não mantém-se sossegada, pode ao menos gozar de retiros onde refletir melhor sobre como dar continuidade ao seu projeto em outros mundos e poder indagar acerca de como tornar menos sofrida a morada dos que aqui se encontram e permitem a ajuda de arquitetos invisíveis.
Devemos lembrar que não se pode contar com a ajuda de arquitetos espirituais sem o capital espiritual necessário para "pagar" tal mão-de-obra.
Mas teria o espírito mais elevado a necessidade de ser "pago" pelo seu trabalho?
Ele certamente não precisa ser pago, mas a moeda do merecimento certamente precisará ser desembolsada.
Shalom!