Shiva e Durga: o Sagrado Sacrifício do Ego.

Os três principais alimentos dos quais a alma dispõe são:
  • Prana
  • alimento físico
  • Impressões
O prana encontra-se na qualidade do ar que respiramos. Este alento vital encontra-se disponível em toda vida e persiste após a morte, embora nao mais o corpo o necessite.
O alimento físico encontra-se nos elementos da natureza e são ingeridos durante as refeições quando estamos encarnados, pois o corpo precisa reunir os átomos compostos nesses elementos para dar materialidade e forma a si. Este alimento é devidamente selecionado tanto pela alma, como pelo espírito que a rege mesmo após a morte. Por isso os hindus consagram oferendas a seus deuses e santos.
Habito largamente observado entre os afro-descendentes e outras culturas pagans. 
E, por fim, temos as impressões em toda sorte de elementos visuais, auditivos, olfativos, palatais e de tato. 
A cultura Hindu cultua Shiva como o Grande Destruidor.
Entretanto, Shiva é a imagem do Deus que recria constantemente a Grande Obra.
Não se pode conceber uma nova vida se não se trabalha as bases de nosso ego tenebroso. Shiva é a terceira pessoa da Trimurti Sagrada do Indostão.
Shiva representa o poder de Deus em guerra contra nossas imperfeições e maldades, afim de recriar o homem a sua imagem e semelhança.
É o fogo do Divino Espírito Santo em perfeita harmonia com toda a criação. É a catástrofe apocalíptica dentro e fora do homem.
Uma de suas esposas, Durga, é a nossa Mãe Rainha dos Infernos, aniquiladora do ego tenebroso.
Para esses deuses, não importa suas oferendas, nem tampouco se jejuas, ou mesmo o maior de todos os sacrifícios, se não se sacrifica a Si mesmo.
O culto dessas duas deidades sagradas esta intimamente relacionado ao caminho interior do neófito, ou seja, sua dedicação constante em livrar-se da prisão do ego mental e emocional.
É o sacrifício de nossos vícios, de nosso egoísmo, de nossa personalidade equivocada. Sem morte não ha renascimento, e sem renascimento não ha Shamadi.
Segundo a mais remota tradição do sânscrito significa contemplaçao conquistada pelo esforço constante do despertar da consciência através de mortificações diárias do ego tenebroso.

Este trabalho se da de forma paulatina através da morte diária de nosso ego. Shiva, então, é o caçador de bestas dentro de nós mesmos, e Durga a Grande Feiticeira devoradora de cabeças.
Invoca-se estas deidades quando queremos eliminar a ira, o orgulho, a inveja, a cobiça, a luxúria, a preguiça e a gula.
E quando o homem encontra-se em desequilíbrio com essas forças, atrai o karma da morte, pois não soube separar a matéria sagrada da doente.
Portanto, selecionando os elementos naturais constantes nos alimentos, no ar, por meio da Yoga e em nosso interior, na maneira como tratamos uns aos outros, na maneira como nos tratamos, na maneira como nos relacionamos com a divindade serão determinantes para uma vida longa e um renascimento consciente no mundo além das impressões, onde mora Brahma.
Na terra não existem mais brâmanes encarnados.

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