O Verdadeiro Amor

Percebe-se muitas vezes as pessoas desejosas de encontrar uma pessoa, uma companhia, um novo relacionamento.
Entretanto, tenho notado as pessoas preocupadas se a outra pessoa é bela, se tem os mesmos gostos, se é inteligente, em quê o outro trabalha, se tem posses, a idade, a altura, o peso,...
Mas se esquecem de outros fatores muito mais importantes, relacionados ao caráter e a simpatia vinda da alma ao estar perto dessa pessoa. 
Esquecem, inclusive da atração fatal, ao perceber algum fator visual não adequado a sua fantasia de príncipe encantado.
Esquece o fato de o amor não ter contas em bancos, nem trajar-se belamente.

Certa vez uma pessoa relatou-me uma história de um homem de uns 80 anos de idade que visitava muito o ambulatório de um hospital desejoso de ser atendido pelos mais diversos motivos. Em sua grande maioria por um simples corte no dedo. 
E, um dia, por atraso no atendimento - não era hospital público no Brasil - ele disse a enfermeira estar atrasado para um compromisso inadiável.
Ela, pensando ser ele um grande empresário, pois sempre estava bem trajado e perfumado, o indagou se seria uma reunião de negócios. 
Então ele disse que na verdade ele desejava encontrar-se com sua mulher internada numa enfermaria e tomar café com ela, pois ela tinha mal de Alzheimer. 
Ela lembra do senhor? Perguntou a enfermeira. Não, respondeu.
Então a enfermeira curiosa lhe perguntou: como o senhor pode toda semana vir a este hospital prá encontrar-se com ela se ela nem se lembra quem é o senhor?
Então ele respondeu: mas eu sei quem ela é.
O amor não define-se naquilo que uma pessoa pode lhe dar ou proporcionar, mas no que você deseja dar ou proporcionar a alguém.
O amor nasce de uma simpatia, cresce com amizade e consolida-se com a admiração. 
Só assim ele pode durar. Só assim ele é amor.