A Religião e a Morte


Uma religião deve existir prá fazer o outro melhor. Deve ensinar a arte do amor incondicional e a necessidade de se buscar a paz, o entendimento e a razão.
Uma religião deve nos lembrar de nossa essência primeva. Aquela parte divina que vemos no olhar de um infante. Aquilo que nos une ao nosso verdadeiro Ser.
O nosso real e verdadeiro Ser é paz, harmonia, luz, entendimento e compreensão.
O anacoreta, iniciado, médium, monge, irmão ou companheiro, não importa o nome, tem em qualquer escola, seita, religião, ordem, fraternidade três sabedorias a desenvolver em sua caminhada:
  1. Dedicar-se aos seus semelhantes, fazendo não o bem, mas aquilo que se deve fazer, afim de facilitar a caminhada de nossos semelhantes. Isto gera merecimento e desenvolve o amor incondicional. Fundamental prá que se consiga avançar na senda de luz.
  2. Morrer em si mesmo: eliminar de seu interior todas as mazelas, erros, defeitos e maldades. Este trabalho consiste em libertar nossa essência divina e transformá-la em consciência. É a mortificação budista, o Ahimsa dos hindus, o deixar o homem velho, ensinado pelo Cristo e simbolizado pela morte no calvário.
  3. Nascer de novo, da água e do fogo. Isto será melhor explicado numa outra ocasião.
Ao falar na morte lembro-me de minha Sagrada Mãe Hécate, a rainda dos infernos, a qual impôe sua lança sagrada prá eliminar os demônios de nosso interior. Saber invocá-la é fundamental afim de nos libertar da corrente viciosa do ódio e da vingança.
Nossa mãe, converte-se em amor e lei, afim de libertar seus filhos de seus erros. Assim, a vemos nos mundos infernos cumprindo a difícil missão de decapitar seus filhos, seja pelo amor ou pela dor.
Quando nos libertamos de nossas maldades, de nosso desejo sanguinário de vingança, estamos nos libertando de nossa ignorância e da dor, pois imediatamente nossa essência, antes aprisionada, eleva-nos nosso estado de vibração, afastando-nos da afinidade com as vibrações inferiores.

Reconhecer nosso estado equivocado é fundamental prá uma mudança radical de nosso Ser, alterando-se, assim, nosso estado psicológico.
Nestes momentos de reflexão e arrependimento, pede-se clemência e ajuda à nossa mãe em sua forma terrível, prá que elimine das profundezas de nosso inferno psicológico o ódio, o rancor e a dor, afim de fazer-nos merecedores de sua graça no anfiteatro da vida.

Só enfrentando a morte conquistamos a vida!
Então toda justiça dar-se-há por merecimento e pelo simples fato de nossa essência encontrar-se num estado mais elevado de vibração e por possuir uma visão mais apurada dos fatos.
Então toda nossa dedicação religiosa terá seus méritos e servirá de fato prá umas melhoria nossa, da sociedade e do planeta.
Isto sim é religare, ou seja, ligar de novo.
Shalom!

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