Esclarecimentos Acerca de "Nosso Lar"

Depois de assistirmos ao filme "Nosso Lar", achamos oportuno esclarecer algumas coisas acerca dos caminhos que se pode abrir a um desencarnado.

Pois, embora o filme tenha sido um sucesso de bilheteria e cuja missão tenha sido cumprida pelo autor do livro e agora pelos autores do filme, convém elucidar a importância de sabermos que nossa passagem nesta terra tem um tempo perfeitamente definido pelo relógio do destino, preconizado pelo deus Chronos da mitologia grega.

Está escrito nas estrelas e no livro da vida, bem como nas palmas das mãos prá quem lê os caminhos pelos quais trilhou ou viu trilhar quem por esta terra viveu.

Sabedoria herdada pelos nossos antepassados e irmãos filhos da Lua, bem como lido e interpretado geometricamente à luz do deus Sol através dos oráculos de todos os tempos.

Diante da verdade, convém dizer que para todo desencarnado há um de três caminhos a seguir, afim que tudo se renove segundo as Leis da natureza e do universo.

O primeiro caminho, e o mais comum, é o da reencarnação.

Este caminho é destinado a todos aqueles que necessitam acertar contas com a natureza e com seus irmãos na terra. As Leis de Retorno e Recorrência as rege. É uma chance de se reparar erros cometidos em outras vidas e, portanto, uma oportunidade de elevação da alma e da comunidade familiar, ligada por laços sanguimeos e cármicos, portanto.

Ainda no primeiro caminho estão aqueles que precisam cumprir alguma missão. São almas que, dentro de seu processo evolutivo desejam deixar alguma contribuição para uma reflexão maior de todos os encarnados com respeito a algum tema. A grande maioria desses temas estão relacionados a fé, a paz e à solidariedade, cuja base é o amor.

E por último estão as grandes reencarnações como a dos avataras Jesus, Buda, El Morya, Mãe Maria e muitos outros menos conhecidos pela humanidade, pois nem sempre suas missões são visíveis.

O segundo caminho, cada vez mais comum nos dias de hoje é a descida aos mundos infernos, bem esclarecido àqueles adeptos e curiosos do saber na "Divina Comédia" de Dante Alighieri, onde a alma deverá passar por um longo processo de depuração de seus erros. Um local onde a psique do desencarnado deverá experimentar os horrores de seus erros, porém como vítima de si mesmo.

Quando eu me encontrava na metade do caminho de nossa vida, me vi perdido em uma selva escura, e a minha vida não mais seguia o caminho certo. Ah, como é difícil descrevê-la! Aquela selva era tão selvagem, cruel, amarga, que a sua simples lembrança me traz de volta o medo. Creio que nem mesmo a morte poderia ser tão terrível. Mas, para que eu possa falar do bem que dali resultou, terei antes que falar de outras coisas, que do bem, passam longe.
Inferno, Canto I de "A Divina Comédia" de Dante Alighieri

Como as leis que regem estas regiões são rigorosas e de uma energia e demasiado densas, o sofrimento das almas sob estes domínios revelam-se dolorosos e "eternos", razão por quê muitos a chamam de "a eternidade", cuja ante-sala é o limbo ou o que os espíritas chama de "região do umbral" e a igreja católica de "purgatório".

O umbral ou o purgatório prá muitas almas é um local intermediário e de espera, quando os "senhores da lei" determinarão se a mesma descerá às regiões mais densas do inferno ou se terá um direito de preparar-se prá uma nova descida.


O terceiro caminho é, sem dúvidas, aquele almejado por muitos, porém aberto prá poucos. Pelo menos em comparação com número de seguidores dos outros dois caminhos. Embora nem todos que o trilhem sejam mestres no sentido mais amplo da palavra, são almas iluminadas e resignadas, que conquistaram depois de muitas encarnações o direito de auxiliar a humanidade do planeta sem precisar reencarnar-se.

Pergunta: Como fazer prá merecer um caminho melhor, ou seja, prá livrar-se da descida às regiões inferiores?

Resposta: A primeira coisa a fazer é melhorar a conduta aqui na terra, tornando-se melhor a cada dia. Fazendo a caridade, afim de alimentar a chama do amor dentro de si. É eliminando de dentro de si mesmo as causas do ódio e da dor e encontrando em sua própria natureza a satisfação por colocá-la à serviço do Criador, dentro da leis naturais.

Pergunta: Seria eterna a vivência da alma no inferno, por ter fracassada a sua passagem aqui na terra?

Resposta: Obviamente que o Grande Deus é justo e não o seria se assim procedesse com seus filhos. Conforme dizemos em parágrafos acima, o termo "eternidade" tão largamente falado por algumas religiões e astuciosamente explorado por alguns falsos religiosos, refere-se ao estado psicológico do "condenado". O mesmo estado experimentado por um presidiário, porém milhares de vezes mais longo, devido às leis que regem esta região darem a sensação de eternidade. Como estas regiões estão relacionadas ao interior da terra, a psique experimenta muita escuridão e tudo parece "não sair do lugar", sem falar na dor tremenda que a alma ali experimenta. Todo movimento tectônico e subterrâneo é experimentado pela alma de maneira passiva.

Esclarecendo um pouco mais sobre o "inferno", convém dizer que trata-se de uma região psico-espiritual de dimensão inferior e mais densa à nossa, cuja força gravidade é cada vez maior, dando a sensação de mais "pesada", onde a alma terá de passar por uma tremenda dor, devido ao processo de lapidação de si mesmo, afim de recobrar seu brilho original, assim como o carvão que, ao transformar-se no grafite, lentamente e após muitos séculos, vai dando origem ao diamante.

Pergunta: Existiria uma maneira de livrar-se das leis de morte e renascimento?

Resposta: A natureza tem suas leis irrefutáveis, entretanto, há alguns seres que conseguiram superar-se diante dessas leis. Esta possibilidade é factível, entretanto àqueles que verdadeiramente desejam cumprir uma missão maior no universo. É o caminho da ascenção. Trata-se de uma caminho de muita renúncia e sofrimento, embora nem sempre a alma necessite afastar-se do convívio com a sociedade.

Estamos abertos a perguntas.

Shalom!

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