Somos o que Enxergamos

Se enxergarmos um pouco mais além de um palmo de nosso nariz, veremos que a dor é cultivada no interior daquele que sofre, bem como seus medos e atribuições que não deseja enxergar em si, mas prefere projetar no outro.


Nossos inimigos, muitas vezes considerados nossos irmãos, moram dentro de nós. São nossas formas pensamento, alimentadas por nossas emoções negativas.


Estas formas pensamento, estudadas de uma maneira mais detida são nossas representações e fantasmas criados e animados por esta energia chamada mente.


Não nos relacionamos com nossos semelhantes, como equivocamente achamos. Nos relacionamos com as representações projetadas em nosso corpo mental e emocional.


Sob esta ótica, concluímos que não vemos as pessoas e a vida como são na realidade. Não sabemos ver o outro como é de fato. O mesmo atribuímos a nós mesmos, pois se não vejo o outro que está a minha frente, como posso enxergar a mim mesmo que não vejo.

Lembrei-me da frase do mestre Joshua: Se não amas a teu irmão a quem vês, como podes amar a teu Deus a quem não vês.


E se fostes feito à imagem e semelhança do Criador, como podes tu negá-lo em teu semelhante?


Entender nossos semelhantes, sabedores que estes também projetam seus medos, suas fraquezas e suas dúvidas, é dar-lhes a chance de nos entender também. Aprendemos a perdoá-los, por que não sabem o que fazem - diria o Cristo.


Então aprenderemos a amar incondicionalmente, compreendendo nossos irmãos e, aos poucos, vendo neles não aquilo que projetamos, mas a realidade divina de cada um.


Somos nós mesmos a partir do momento que deixamos de ser uma projeção nossa e de nossos semelhantes.


Esta descoberta se inicia quando rejeito a tendência a julgar, rotular ou preconceituar meus irmãos. 


Eu Sou o que Eu Sou, mas posso ser prá você um reflexo de suas projeções.


Shalom!