Levanta-te e anda


Certa vez alguém disse que pelo fato de sermos bípedes era motivo mais que suficiente prá não rastejarmos.

É uma espécie de droga que o leva simplesmente a negar a luta, ou seja, o derrotado é simplesmente aquele que se recusa tomar suas armas e ir em busca dos seus objetivos.

A doença tem vários estágios: espiritual, psíquico, etérico e físico.

O mal inicia-se no campo psíquico, com emoções inferiores e pensamentos negativos. então a pessoa começa a dar atenção a conversas negativistas sobre pessoas e fatos do cotidiano ou quando o desequilíbrio emocional é demonstrado por melindres e excesso de sensibilidade emocional.

Instala-se espiritualmente quando atraímos entes negativistas pela simples afinidade de pensamentos e sentimentos.

Atinge-se o corpo etérico ou vital, diminuindo a vitalidade e a disposição do paciente que não deseja reagir, pois cria-se uma espécie de penumbra na aura da pessoa.

Quando chega ao corpo físico, manifestam-se sintomas de cansaço e as doenças não tardam a se instalar. 

Sob o ponto de vista holístico, podemos afirmar sem dúvida que toda doença é psicossomática, ou seja, teve início na psique do paciente.

Ficamos às vezes uma vida toda à espera de um milagre, quando deveríamos levantar de nossa paralisia psicológica.


Lembrei-me de uma amiga médium que por um acidente andava sobre muletas e, quando seu caboclo desceu à terra, nem olhou para as mesmas. Levantou-se e pôs-se a caminhar e até dançar no rítmo de umbanda.

Esta cena comum prá alguns acostumados com esses "fenômenos mediúnicos" chocou a alguns e trouxe uma reflexão a outros.

Este fato pôde nos ensinar que estamos condicionados a "andar sob muletas" até quando já não precisamos lançar mão delas.

Tudo passava-se de um condicionamento mental daquela irmã, pois sentia-se insegura prá andar por conta própria.

Este condicionamento é muitas vezes verificado em nossas vidas, quando nos recusamos a largar a muleta e andar com nossos próprios pés.

Nos recusamos a viver com nossos próprios recursos, pois nos achamos insuficientes prá consegui-los por nós mesmos. 

Vivemos lamentavelmente condicionados a nossa maneira doentia de encarar a vida.

É uma questão simples de iniciativa. 

Fazer-se um auto-esforço, afim de mudar o estado psicológico da preguiça e da acomodação que se instala, quando não se quer viver.

Precisa-se dar as caras, enfrentar de frente a situação. 

Parece até cruel ouvir, porém a realidade é simples: ninguém pode fazer isso por você. Só você mesmo. 

Você já se perguntou se não há algo a ser mudado em seu comportamento, afim de mudar o rumo de uma tendência doentia?

O diagnóstico é simples. Devemos responder às perguntas abaixo:

1. A vida que você está levando está lhe satisfazendo a alma?
2. A resposta da pergunta acima é sincera?
3. O que devo fazer prá melhorar minha qualidade de vida agora?

Às vezes basta simplesmente assistir menos TV ou tirar uma hora diária prá ficar consigo mesmo(a). 

Fazer um exercício há muito adiado. Uma caminhada ao ar livre. Comer aquele prato especial. 

Sair com a pessoa amada de mãos dadas. Fazer sexo de uma maneira diferente, com mais amor e carinho.

Até a decisão de ficar só, sentir a própria respiração. 

Um banho ritualístico debaixo de um chuveiro, lavando carinhosamente cada parte do corpo. Tudo isso é uma maneira de se conhecer.

Há sempre uma maneira de mudar o estado psicológico atual. 

Você já falou com o passarinho? E as flores, quando as regou pela última vez?

Tire suas sandálias e ande descalço. Pise na terra!

Sinta o vento soprar em seu rosto. 

E o calor do sol? Sente a sensação de chegar suado e pedir uma cerveja ou uma água de coco.

Tenha fé e reaja. Mas faça por ti o que ninguém mais pode fazer.

Levanta-te e anda!

Shalom!

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