A Caridade Redentora

Certamente que o exercício da caridade é um caminho de redenção e penitência para aqueles que almejam pagar seus débitos desta e de outras vidas. 


Débitos manifestos em nossas debilidades, fraquezas e erros, tendo como efeito as dificuldades que temos que enfrentar a cada dia, desde o nosso nascimento até o momento final de nossas vidas.


Está no sangue de nossa descendência os nossos erros e acertos, bem como nossas dificuldades e possibilidades.


São criadas as conseqüências e o destino de nossos descendentes através de nossos pensamentos, sentimentos e desejos cultivados e manifestos em nossos atos.


Toda ação gera uma reação. Nossos pensamentos, sentimentos, palavras e atos atraem as energias afins, gerando, criando, materializando a dor e o sofrimento correspondentes em nós e no ambiente que nos cerca.


O mesmo aconteceria se cultivássemos bons pensamentos, se alimentássemos bons sentimentos e se fortalecêssemos bons desejos.


Conforme dizia o Cristo a Nicodemus, o nascer de novo é de fato uma necessidade a todo aquele que busca a libertação da alma.

Nicodemus, segundo as escrituras, era um sacerdote, pagava seu dízimo, cumpria com suas obrigações de todo líder religioso, entretanto ignorava a necessidade de renovar-se pelo espírito. Então o mestre lhe deu a receita: nascer da água e do espírito.

Assim como deveis nascer novamente da água -portanto renascer, reencarnar prá viver novamente suas provações- o nascer do espírito, entretanto, é mais eficaz para a libertação da alma.

Não adianta o batismo da água, sem o batismo do espírito.

O primeiro é a rendição às leis naturais de retorno e recorrência; a segunda, entretanto, é a redenção da alma. Toda superação exige sacrifício, ou seja, um esforço consciente de desejar ser melhor que antes. Isto é o nascer de novo. Morre-se o velho homem, prá nascer o novo homem.

"Mas vós não aprendestes assim a Cristo. Se é que o ouvistes, e nele fostes instruídos, conforme é a verdade em Jesus, a despojar-vos, quanto ao procedimento anterior, do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; a vos renovar no espírito da vossa mente; e a vos revestir do novo homem, que segundo Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade." Efésios 4:20-24

Nascer de novo, do espírito, do fogo, é instantâneo, embora haja muito que morrer e nascer em nossa caminhada. Aquele que morre em si mesmo, vence a própria morte. Aquele que renasce dentro de si mesmo, livra-se da necessidade de retornar a este vale de lágrimas...


Muitos irmãos espiritualistas acreditam que o simples fato de compensar o bem, a caridade, com o mal praticado no passado as liberta de suas dívidas, entretanto, se não mudamos interiormente, não conseguimos  mudar nosso padrão vibracional e, conseqüentemente, continuaremos cometendo os mesmos erros de nossos antepassados e continuaremos presos aos grilhões da mente e do ego, na vida terrena.

Nossa caridade somente é coroada de êxito quando praticada de maneira desprendida e voluntária. É proporcional ao desejo verdadeiro de ajudar e à compreensão que temos em ajudar.

"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam." (Salmos 127; 01) 

A prática da caridade deve estar em razão direta com a eliminação de nossos erros. E isto somente é possível com mudanças conscientemente realizadas em nossas psiques.

Não importa curar o seu irmão fisicamente, se espiritualmente o estamos ferindo, se em nossas atitudes, estamos falhando com a justiça, com a polidez, com a autêntica fraternidade e solidariedade e com nossa incapacidade compreender e perdoar.

Tratamos mal nossos semelhantes e a nós mesmos em nosso íntimo, com nossos pensamentos negativos, nossos sentimentos mesquinhos e nossos desejos inconfessáveis.

Chicoteamos nossos semelhantes com nossa língua afiada e negamos o Cristo interno com a maneira como nos tratamos. 


Com a nossa atmosfera psíquica, atraímos o seu correspondente: dissabores e insatisfações ou bem estar e alegria.

Quando aprendermos a ver nossos semelhantes como uma extensão de nós mesmos, então faremos bem ao nosso irmão, nos interessaremos por sua felicidade, por sua libertação. 
Entenderemos a célebre oração do Cristo: amai a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo, como a ti mesmo,...

Shalom!


Comentários

  1. Podem deixar aqui suas dúvidas, e responderemos prontamente, tão logo as lemos. Grato!

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