A Cultura Milenar do Arroz


O hábito de comer arroz no Brasil é uma herança trazida pelos portugueses, que herdaram dos árabes e chineses há centenas de anos, e constitui um dos principais alimentos à mesa do brasileiro.

Presente em diversos pratos das mais antigas civilizações, o arroz é uma das principais culturas praticadas todo o mundo. Segundo pesquisa é o segundo alimento mais consumido no mundo sob diversas formas e referências científicas concretas confirmaram sua presença desde o ano de 2,800 A.C. na China. Entretanto, encontra-se relatos da presença e consumo pelos yorubá há milhares de anos.

O arroz está muito intronizado no inconsciente coletivo da humanidade desde o oriente onde é largamente consumido, cultivado e oferecido aos ancestrais e deuses de diversas culturas até o ocidente, com diversos pratos e ofertado a Yemanjá, a "deusa das cabeças", intronizada em nossa cultura pelos africanos e cultuada há milênios no continente Mãe, cuja antropologia descobre como berço da humanidade terrena.

O simbolismo e o significado arquetípico de todas as coisas é, entretanto, aquilo que verdadeiramente alimenta um Ser.

Almoçar com os familiares tem prá alma um significado muito maior que o alimento em si. Mas comer, ainda que só, o alimento símbolo dessa união é para a alma uma verdadeira cerimônia ancestral, contendo valores além daqueles que um nutricionista possa verificar em seus estudos de laboratório,...

A alma feminina é grande conhecedora do que aqui estamos afirmando. E ela não se encontra só na mulher. Somos herdeiros genéticos tanto do homem, quanto da mulher que comia arroz, quando estava grávida,...

Transcender a visão materialista e imediata é o que propomos com nossas palestras e edições.

Há milhares de anos, o arroz é símbolo de confraternização e sabedoria.

Jogam-se arroz nos recém casados, prá que possam ter fartura, união e saúde.

Também símbolo de vitalidade e longevidade, traz em si a semente da vida. É o principal alimento dos budistas. Considerado fortificante para a mente saudável.



Dentro de uma ótica simbólica, temos muito a aprender, sobretudo com antigos sábios do oriente, que sempre cultivaram o arroz como símbolo sagrado.

Todos aqueles dedicados à arte de plantar, colher e preparar o alimento, teem a oportunidade de obter o conhecimento intrínseco da maneira com que podemos nos relacionar uns com os outros.

Considerar cada ser sagrado, é cultivar a alma contida em cada elemento da natureza os quais irão compor nossas células e, consequentemente, determinar nossa saúde física, mental e espiritual.

Aprender a selecionar aquilo que queremos aprender em detrimento do que não queremos manter em nossas mentes e vidas, é fundamental prá que a felicidade seja uma constante em nossas vidas.

Tudo tem uma razão de Ser. Nas ciscunstâncias da vida, nos relacionamentos, no eterno aprendizado, podemos praticar um ritual constante de gratidão à natureza.

Quando colhemos o arroz, estamos interessados no seu conteúdo, e não nas impurezas que, serão despachadas ao vento e à água, antes que o prato seja saboreado e nossas almas alimentadas,..."

Uma auto-terapia para "aprender com as experiências", eficaz quando algo nos está remoendo, ou seja, quando não conseguimos "ingerir" algo, aquilo que fica "na garganta" e não desce, consiste em comprar ou colher o arroz ainda com casca e realizar o processo de descascá-lo, soprá-lo ao vento e lavá-lo, pacientemente, afim de colocá-lo prá cozinhar e servir à mesa,...Use sua imaginação e mentalize esta atividade,...

Sempre agradecendo à Grande Mãe por esta dádiva de selecionar sempre o melhor prá que possamos estar vivos, saudáveis e alegres,...

Colher arroz e distribuir punhados, ou cozinhar um bom risoto e ofertá-lo a uma visita amiga sempre é de bom augúrio, quando se tem o prazer de receber tal visita,...

Façamos, pois, a refeição do corpo, mas celebremos diariamente o banquete de nossas almas,...

Realizamos o banquete de nossas almas ao saudarmos o astro Rei pela manhã, no silêncio da meditação, ao ouvir uma sinfonia, ao contemplar as nuvens no céu, ao presenciar o desabrochar de uma flor, aou ouvir o canto do grilo à noite, ou da cigarra de dia, como também o cantar dos pássaros,...

Comer saborosamente um alimento é gratificante à alma, como também sorrir com um velhinho, brincar com a criança e correr com um cachorro. É também contemplar emocionado uma mãe alimentando um filho com seus sagrados seios, e também dividir com alguém um peixe frito ao pôr do Sol,...

Há sempre uma arte e um apredizado a cada refeição, a cada dia.

Namastê!

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